11/02/2009

O VIGIA







Essa escultura (bem pequena por sinal - tem um palmo de largura) foi feita com um fragmento de pedra sabão que havia restado de outra obra (O Verme). É inspirada no crânio de um corvo, e a idéia me interessou por causa de algumas culturas indígenas que costumam utilizar crânios de animais e aves como amuletos de proteção.

E funciona. Por mais cético que eu seja, confesso que tive uma experiência bizarra na primeira noite que o vigia teve sua estadia em meu quarto.

Tive um sonho maravilhoso. Mas isto é outra história.


Assim falava Cappela.

3 comentários:

Alexander disse...

Você só fez um olho no bicho?!

De qualquer jeito, não ficou nada mau. Agora só falta colocar numa corrente.

Abraço, cowboy.

CAPPELA disse...

Não, tem dois olhos. Tem fotos dos dois lados da obra, e em cada uma delas há um olho.

Mariana Vicente disse...

O Corvo
(Edgar Allan Poe - Tradução Fernando Pessoa)

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse os meus ais,
Isto só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.
Meu coração se distraia pesquisando estes sinais.
É o vento, e nada mais."